quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Mensagem de fim de ano...



Esta é uma mensagem natalina não muito convencional, eu diria.


Envolto naquela aura que a canção global da época sempre traz aos nossos ouvidos: "Todos os nossos sonhos serão verdade, o futuro já começou", e sempre, todos os anos, eu vejo a mesma história se repetir. E é incrível, mas, eu mesmo pude constatar isso em mim, e não gostei muito da primeira impressão que tive. "O natal é a época da hipocrisia generalizada"? Época na qual, uma vez ao ano o coração dos homens "amolece"?
Pra ser sincero, uma parte do natal eu comemoro como todo brasileiro (ou os 99,99%) faz: Muita bebida e muita comida, muito abraço e muito pres...opa, peraí, presente não. Pelo menos não na grande maioria das vezes. E isso tem um por que. Detesto a feira que é feita nos finais de ano em cima da data mais importante do calendário cristão (sim, eu sou um cristão - não sou dos mais praticantes, mas, acredito em Cristo), fazem um festival de compras, e a maldita mídia, que o diabo um dia a tenha, é grande colaboradora junto com esse sistema capitalista em que vivemos (juro, não vou entrar nesse mérito). Numa época em que deveríamos pelo menos tentar refletir, já que aparentemente nunca conseguimos entender e assimilar os ensinamentos do Filho de Deus, tudo que conseguimos fazer é comprar, comprar e comprar, e num gesto automático entregar pacotes a outras pessoas dizendo: "Feliz Natal". Então, começamos a comer e a beber. E depois, voltamos às nossas vidas vazias, crentes de que aquela "comunhão" nos aproximou um pouco mais de Deus. E, essa afirmação pode-se aplicar também aos lindos ovos de páscoa. Com todo aquele simbolismo de coelhinho e etc. Sinceramente, me pergunto se Deus realmente fica feliz com tudo isso. Imagino que ele fique lá do alto olhando pra nós, uns com a mesa farta, com aqueles presentes luxuosos e FÚTEIS, enquanto que na casa da "rua de baixo", nossos "irmãos em cristo", vêem a Ceia da novela das oito, num TV velha, com as barrigas vazias, quando muito, aquecidas por alguma coisa improvisada para a ocasião, seus filhos com aqueles olhinhos brilhando, como dois faróis na noite, sonhando com aquele presente de última hora, porque ensinaram que na noite de natal "o bom velhinho trará o presente pra quem se comportou bem durante o ano", tendo sua infância frustrada pela mau-aventurança de seus pais, que nasceram, cresceram e certamente morrerão pobres, pobres de marré desci. Neste natal, nossa família planeja um grande encontro, que chega a ser inédito até. Planejamos uma festa com bastante comida, bebida e música. Mas, lá no fundo do coração de cada uma dessas pessoas que estarão lá, incluindo muitos amigos, será mesmo que o "espírito natalino" estará presente?
E no seu natal, como será?
Vai pedir a Deus por todas pessoas?
Quando digo "todas", quero dizer as quase 8 bilhões ou mais de pessoas que existem no mundo. Vão se lembrar dos famintos?
Dos desabrigados?
Dos que não tem ninguém?
Ou vão deixar isso pra os pedidos de ano novo, vestidos nas suas "implacáveis e inabaláveis" vestes brancas?!!!


Desejo que o seu natal seja tão feliz e duradouro quanto tem sido até aqui. Desejo também que por um segundo, apenas por um segundo, lembre-se: O significado maior do Natal é a esperança de uma nova vida, de uma salvação.


"Então, é natal
E o que você fez?
O ano termina,
E nasce outra vez".

E agora: Reclamar ou Agradecer?


Eu queria morar numa favela
Eu queria morar numa favela
O meu sonho é morar numa favela
Eu me chamo de excluido como alguém me chamou
Mas pode me chamar do que quiser seu dotô
Eu num tenho nome
Eu num tenho identidade
Eu num tenho nem certeza se eu sou gente de verdade
Eu num tenho nada
Mas gostaria de ter
Aproveita seu dotô e dá um trocado pra eu comer...
Eu gostaria de ter um pingo de orgulho
Mas isso é impossivel pra quem come o entulho
Misturado com os ratos e com as baratas
E com o papel higiênico usado
Nas latas de lixo
Eu vivo como um bicho ou pior que isso

Eu sou o resto
O resto do mundo
Eu sou mendigo um indigente um indigesto um vagabundo
Eu sou... Eu num sou ninguém

Eu tô com fome
Tenho que me alimentar
Eu posso num ter nome mas o estômago tá lá
Por isso eu tenho que ser cara-de-pau
Ou eu peço dinheiro ou fico aqui passando mal
Tenho que me rebaixar a esse ponto porque a necessidade é maior do que a moral
Eu sou sujo eu sou feio eu sou anti-social
Eu num posso aparecer na foto do cartão postal
Porque pro rico e pro turista eu sou poluição
Sei que sou um brasileiro
Mas eu não sou cidadão
Eu não tenho dignidade ou um teto pra morar
E o meu banheiro é a rua
E sem papel pra me limpar
Honra?
Não tenho
Eu já nasci sem ela
E o meu sonho é morar numa favela
Eu queria morar numa favela
Eu queria morar numa favela
Eu queria morar numa favela
O meu sonho é morar numa favela
A minha vida é um pesadelo e eu não consigo acordar
E eu não tenho perspectivas de sair do lugar
A minha sina é suportar viver abaixo do chão
E ser um resto solitário esquecido na multidão

Eu sou o resto
O resto do mundo
Eu sou mendigo um indigente um indigesto um vagabundo
Eu sou o resto do mundo
Eu num sou ninguém
Eu num sou nada
Eu num sou gente
Eu sou o resto do mundo
u sou mendigo um indigente um indigesto um vagabundo
Eu sou o resto
Eu num sou ninguém

Frustração
É o resumo do meu ser
Eu sou filho da miséria e o meu castigo é viver
Eu vejo gente nascendo com a vida ganha e eu não tenho uma chance
Deus! Me diga por quê?
Eu sei que a maioria do Brasil é pobre
Mas eu num chego a ser pobre eu sou podre!
Um fracassado
Mas não fui eu que fracassei
Porque eu num pude tentar
Então que culpa eu terei
Quando eu me revoltar quebrar, queimar, matar
Não tenho nada a perder
Meu dia vai chegar
Será que vai chegar?
Mas por enquanto

Eu sou o resto
O resto do mundo
Eu sou mendigo um indigente um indigesto um vagabundo
Eu sou o resto do mundo
Eu num sou ninguém
Eu num sou nada
Eu num sou gente
Eu sou o resto do mundo
Eu sou mendigo um indigente um indigesto um vagabundo
Eu sou o resto
Eu num sou ninguém

Eu num sou registrado
Eu num sou batizado
Eu num sou civilizado
Eu num sou filho do Senhor
Eu num sou computado
Eu num sou consultado
Eu num sou vacinado
Contribuinte eu num sou
Eu num sou comemorado
Eu num sou considerado
Eu num sou empregado
Eu num sou consumidor
Eu num sou amado
Eu num sou respeitado
Eu num sou perdoado
E também sou pecador
Eu num sou representado por ninguém
Eu num sou apresentado pra ninguém
Eu num sou convidado de ninguém
E eu num posso ser visitado por ninguém
Além da minha triste sobrevivência eu tento entender a razão da minha existência
Por quê que eu nasci?
Por quê tô aqui?
Um penetra no inferno sem lugar pra fugir
Vivo na solidão mas não tenho privacidade
E não conheço a sensação de ter um lar de verdade
Eu sei que eu não tenho ninguém pra dividir o barraco comigo
Mas eu queria morar numa favela amigo
Eu queria morar numa favela
Eu queria morar numa favela
Eu queria morar numa favela
O meu sonho é morar numa favela

Música: O resto do mundo/Gabriel, o pensador

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Castelo de areia...


Há um momento na vida em que chegamos à seguinte conclusão(ou questionamento): "Tudo o que sonhei era apenas um grande castelo de areia, afinal"?(e depois, num conformismo amargo abaixamos a cabeça em sinal de um triste positivo).


Querer ser o "certinho" em tudo é errado. Que contradição - É ERRADO QUERER SER CERTO.

Logo, suborne o que for subornavel sem se preocupar em ser julgado pelos outros por isso. Vá em frente e dê esse "bom" exemplo às crianças presentes, tudo bem;
Entregue-se aos prazeres passageiros da carne, ainda mais que eles são tão passageiros afinal - Não leve à frente essa "cafonice" de querer ser o príncipe (ou a princesa) encantado(a), que só mesmo nos contos de fada é fiel, porque nos "contos de foda", ele/ela sempre manda ver diante das oportunidades, e danem-se os bons constumes e valores morais e os hipócritas moralistas de plantão que não saem da frente da televisão na hora da novela das oito.
Desobedeça pai e mãe, afinal, eles só servem pra lhe impor regras, regras que a sociedade não cumpre mesmo. Eles dizem, meu filho não roube - e o jornal lhe diz, governador do Distrito Federal é filmado recebendo dinheiro ilegal... a mãe diz: "Filha, se for beber não dirija, tá"?! E a música no rádio diz: "beber, cair e levantar, beber, cair e levantar".
O cidadão quando comete um crime contra a sociedade vai preso para pagar essa dívida, e o que a sociedade faz? Recebe a dívida e fica com o resto da vida desse cidadão de "troco", que sai de lá marginal, assassino, traficante, bicha (não por opção, mas por instinto de sobrevivência), às vezes ele sai com a dignidade recuperada, numa oração póstuma frente a seu enterro vazio, sem amigos, sem parentes.

E assim caminha a humanidade, né. E nós, que tentamos viver dentro das "regras", respeitando o ser humano com suas mínimas diferenças, se solidarizando com quem precisa, idealizando uma vida feliz realmente, mal sabemos que vivemos num estado anestésico frente a realidade, que realmente tudo aquilo que achamos ser o certo, não tem lá tanta praticidade no mata-mata diário da vida. Que o nosso solidarismo é hipócrita, demagogo, vil. Que na verdade, não estamos nem aí pra nada. Pras vítimas das guerras, da fome, do racismo, para o corruptos, enfim, nada disso importa até que sejamos afetados bem no fundo do peito, mas o pior é saber que já nascemos afetados por isso, daí não sentirmos tanto. Não conseguimos enxergar que nossos sonhos todos, são apenas castelos de areia. Castelos de areia feitos à beira-mar, à espera da próxima onda.



terça-feira, 24 de novembro de 2009

Sonho meu, sono meu.


Esse artigo é sobre sonhos...realizados, jogados fora, perdidos, impossíveis.

O que andamos a fazer dos nossos sonhos hoje em dia?
O que sonhamos hoje?
Nós, que somos jovens ainda, mas que em pouco tempo, seremos adultos que viveremos apenas à sombra daquilo que sonhamos um dia, mas que por alguma razão inexplicável, injusta, sem motivo aparente, não se realizou. Fugindo três ou quatro linhas do nosso tema, vou colocar uma questão "secundária": daqui a alguns dias, acontecerá o tão falado Forúm de Copenhague, que discutiram questões que envolvem diretamente a realização ou não desses sonhos como um todo - a raça humana poderá existir ainda daqui a algumas décadas? Aí, "hasta la vista sonhos".
Voltando aos sonhos. Sonhar é tipíco de quem tem esperança, de quem planeja, projeta...de quem luta. E, esperança, planejamento, projeto, luta, garra, força...são sinonimos de JUVENTUDE, de JOVENS! Então, me vem novamente uma pergunta à mente: O que os jovens de hoje tem pra si como "sonhos"(metas, planos, esperanças para o amanhã)? Baseado em que são levados a querer o que querem, e baseados em que, são levados a acreditar que são capazes de alcançar estes objetivos?
Sempre que ouço falar em ditadura militar, lembro que naquele tempo os jovens (os zé dirceus, fhc's, dilmas, serras, caetanos, gils, chicos e tantos outros) tinham um sonho em comum: o de SEREM LIVRES. E o que eles fizeram? Foram atrás disso, ainda que a alguns isso lhes tenham custado o exílio, a tortura e a própria vida. Mas, nem todos lutaram por este sonho - todos usufruiram dele, mas nem todos lutaram. Naquele tempo, ao que parece, todos esses homens e mulheres, eram "apenas rebeldes", um bando de desordeiros, etc... Mas, muito mais do que isso, eles eram predestinados, convictos da importância de se realizar aquele sonho - que hoje ocorre em muitos países ainda. A maioria daqueles que participaram daquele sonho, estão hoje por aí, vivendo aquele sonho tão sofrido. E nós também. Os jovens de hoje, o futuro da nação. Será mesmo?
Hoje, vivemos a liberdade conquistada a duras penas. De gente que tinha inteligência suficiente para se manter vivo. Mas que decidiram lutar, ir contra todos os perigos que não eram pouco.
Muitos daqueles jovens, não eram diferentes dos de hoje: eram pobres, precisavam trabalhar, tinham família, gostavam de sexo, agitos, diversão, de encarar o perigo, enfim. E num país do tamanho do nosso, conseguiram gritar e gritar alto, tanto que esse grito fosse ouvido aqui, às margens do rio araguaia (conhecem) e eclodisse numa das mais sangrentas guerrilhas da nossa história. E hoje, estamos aqui, "livres", para ir e vir...para fazer o que quisermos (tudo aquilo que é permitido e algumas coisinhas mais também). E o que fazemos com isso? NADA. Levados pela maioria, nos contentamos a aceitar e fazer parte dela. Oprimidos pelo excesso de INFORMAÇÃO INÚTIL, pelo desespero CONSUMISTA, MATERIALISTA, acreditamos que o nosso maior sonho É PODER SER E TER - Sem nem ao menos sabermos o que é esse ser que buscamos. Ter, precisamos a todo custo, por isso estudamos, por isso nossos pais se sacrificam para nos dar uma boa educação(?). Somos vitímas, isso sim. Vitíma da falta de planejamento talvez daqueles jovens que queriam ser livres, mas, que não pensaram bem ao certo o que as outras gerações iriam fazer com tanta liberdade. Drogas, prostituição, analfabetismo, fome, miséria, falta de perspectiva...tudo isso veio junto no "pacote" da liberdade. E nós, somos relutantes em aceitar que isso seja verdade. Que somos fabricados para ser o que somos. Caricaturas com nome, identidade, CPF e endereço. Vulgarmente chamados de CIDADÃOS LIVRES. Presos com inúmeras correntes invisíveis aos pés. E sonhando. Sonhando em ser o próximo BBB, a próxima capa da playboy, o próximo Pelé, Xuxa, Roberto Carlos (o "Rei"), enfim, estes são os nossos sonhos hoje em dia. Com tanta informação de qualidade disponível e ACESSÍVEL, mas, NÃO DIVULGADA, com tantos meios de comunicação eficientes, formas de se trocar experiências, de interagir, este é o perfil de nossos jovens hoje. Na verdade, não buscamos um sonho, vivemos sim é num estado de sono profundo, de transe. Qual é mesmo o seu sonho?

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Tem alguém aí?




Onde está você agora?
O que estará fazendo a essa altura?
Estará sendo feliz, vivendo a vida que sempre sonhou?
Ou, será que ainda está pensando que "amanhã será um outro dia", como diz a letra da canção.

Terá conseguido vencer seus medos, melhorar seus defeitos? Tem se olhado no espelho ultimamente, conversado consigo mesmo? Quais seus planos, sabe me dizer?

Será que aprendeu a rezar?
Aprendeu a paquerar ao menos?

Por que tanto silêncio, por que tanta distância?

Avante, vamos!

A vida é curta, os prazeres efêmeros, e o gosto da frustração duradouro. As relações complicadas demais. Simplifique-se.
Bole uma frase numa camiseta, mostre sua cara...diga se está aí!
Se confunda, cometa alguns erros, faça algumas besteiras.
Abale as estruturas, cara pálida. Ou, ao contrário, reconstrua-as. Reformule-as. Mas, lembre-se o tempo voa.
O futuro é hoje, sabia?
Aliás, falando nisso, será que você já nasceu ao menos?
E crescer, será que já cresceu? Sabe que dia é hoje?
"O mundo é um moinho, cartola". Tô sentindo sua falta e dos conselho que nunca me deu, das palavras que nunca me falou, lembra? Como você anda esquisito ultimamente. Quando acordar me liga, que eu te digo: "ACORDA AÊ!".
E depois te digo:
"Tem alguém aí"?


terça-feira, 1 de setembro de 2009

O GRANDE GOLPE

O grande golpe!



Quantos grandes golpes podemos contar que presenciamos no decorrer de nossas vidas? E no decorrer da história, então?
Não sei enumerar nem especificar bem, mas...golpes religiosos, do baú, de estado, da barriga...da política, do...epa, peraí, da política? Hmmm...dessa eu se de um, quer ver.

Era uma vez, a 25 anos atrás um homem. Um homem muito inteligente, esperto, sagaz, astuto, visionário e cara-de-pau.
Este homem era pobre, de família pobre e, sem muitas condições de educá-los nas melhores escolas. Ele cresceu, e como todo conterrâneo de sua região, migrou pra um grande centro. Lá, ele trabalhou, constituiu família, sindicalizou-se e tornou-se uma figura importante para seus colegas trabalhadores. Depois, junto com outros entusiastas, criou um partido político. Sobre a "insígnia" de "um homem do povo", elevou-se a status de líder nacional.
Foi preso, o que o elevou a posição de "mártir" ainda maior. Livre, travou uma pseudo-luta pelos direitos da massa flagelada, dos pobres, negros, pais de família, etc. Consegui eleger-se deputado federal por um mandato, e disso, não tenho muita notícia do que fez, há de ter feito algo, por que tudo era apenas o "começo do golpe". Conseguiu grandes aliados ao seu partido ainda na sua criação. Homens igualmente trabalhadores, líderes estudantis em sua época, intelectuais daquele período. Creio eu que usado como massa de manobra, sabe-se lá por quem,
o nosso salvador, alçou-se a voos maiores, e se apoderou de imagens "intocáveis", como a bandeira da igualdade,ideologias como o comunismo e o socialismo, e em cima disso construiu seu castelo. Aquilo tudo, aquela luta de séculos, fora reduzido apenas a ser o discurso seu...Que num certo momento parecia realmente dele. Este, como disse, pregou ideais de igualdade, de melhores condições de vida, de divisão das riquezas desta nação, de honestidade, de moral, ética, cidadania, justiça...E tudo isso lhe parecia mesmo seu.
Nesse "embalo", lançou-se candidato da República, não apenas uma, mas TRÊS vezes consecutivas. Sendo "derrotado" em ambas, mas, tudo isso fazia parte do seu plano, ou do plano daqueles que o controlavam. O homem transcendeu. Virou lenda, mito. A última esperança de salvação da nação. Isto foi uma ideia plantada propositadamente na cabeça do povo, claro. A ideia de que só alguém vindo de baixo, atenderia às necessidades da grande maioria, que também está em baixo, na parte de baixo da pirâmide social. Uma hora, haveria de acontecer. Aqueles anos todos de imagem de bom moço,
de discurso voraz contra o mal capitalista, o domínio por parte do capital internacional, a perpetuação da "Elite" no governo da nação. Uma hora essa discurso funcionaria. E funcionou. E o "plebeu" virou "rei". E logo vieram as "mudanças". O discurso continuou quase o mesmo, só que agora, internacionalizado..."VAMOS ACABAR COM A FOME, VAMOS ACABAR COM A CORRUPÇÃO, VAMOS GERAR RIQUEZA E DISTRIBUI-LA IGUALITARIAMENTE, VAMOS, VAMOS E VAMOS..."
E nessa de querer ser líder mundial, chegou mesmo a ser cogitado para o Nobel da paz. Nessa mesma proporção, "criou" programas sociais, distribui renda(?), e, nada mudou. É certo o que já estava predestinado a mudar, independente de quem estivesse lá. O que se viu depois e o que se vê ainda, são escândalos e mais escândalos. E a cegueira da nação, que acreditou e engoliu tudo com uma única frase: "Eu não sei de nada". E assim, sem "saber de nada", ele se reelegeu. E ainda governa. E não queiram aqueles que ou por ignorância da realidade dos fatos, ou por má fé, me convencer de que
ainda assim, este é melhor do que os que lhes antecederam. TUDO BALELA. Eis aí a consumação do "grande golpe". Agora, usando dos seus mais de setenta e tantos por cento de aprovação da massa (ingênua ou conivente), da sua imagem sei lá do que, este tenta a força, sufocar outra vez, mais um dos escândalos políticos que envergonham e matam a esperança de um país melhor. Este, abriu mão de todas as suas convicções idealistas, se um dia as teve realmente, para manter-se no poder, e agora, vai tentar, como determina as regras do jogo, passar o bastão para um de seus "companheiros" de epopeia.
Era uma vez, um homem simples, humilde, trabalhador que, na primeira oportunidade, sem pestanejar, jogou tudo pro alto, ou melhor, enterrou e fundo, para ser apenas, o autor deste grande golpe. E assim termina nossa história, que certamente se repete, pelos alunos deste mestre, em escala bem menor, Brasilzão a fora.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

IN MEMORIAN MICHAEL JACKSON

É assim que começa esse artigo:

Uma amiga, a noite numa festa local aqui onde moro:

- Jefferson, é verdade que o Michael Jackson morreu?

E eu:

- Não Biana, li agora a tarde uma notícia que ele se preparava pra voltar a fazer shows e que tinha já 50 apresentações confirmadas!


Foi assim que soube do ocorrido. E realmente, não acreditei muito. Então saí em busca de confirmação. Que veio logo. Alguns amigos me confirmaram mesmo. Então, fiquei ali no meio do povo pensando sozinho, meio estupefato, incredulo. "Como pode"? - Eu me dizia, acabei de ver que o cara ia começar a fazer os shows.

A realidade é dura.

Então, assimilido este golpe, vamos ao artigo, certo?!!!


Michael Jackson vai contrariar o dito de que ninguém é insubstituivel...Este é, e será sempre. Assim como Madonna, ainda na música. Assim como outros artistas que foram artistas excepcionais em seus seguimentos, mas, que ainda assim, tiveram uma vida pessoal relativamente "normal", se podemos chamar assim. Mas, com Michael não foi assim. Ele foi um gênio. Da música, da dança, da ecentricidade até. Mas, era uma pessoa que não fazia esforço para isso. Nunca buscou se aproveitar do estrelato que o cercava. Não usava drogas, acho que nem bebia também. Foi mais uma vitíma da insanidade humana, que se veste de várias roupas, que faz a guerra sem razção, que é xenofobica, homofobica, discriminatória e que precisa se alimentar da vida dos outros, essa é a midia...um mal tão dilasserador quanto os outros citados atrás. A fama, o sucesso, a solidão e a certeza de que fora os fãs que os seguem verdadeiramente por gostar do artista, a certeza de que os abutres estão em todos os lugares, sentados em um galho seco qualquer esperando para arrancar-lhe um pedaço. E não importa se você é homem, mulher, branco, negro, gay, velho ou criança. Simplesmente, você é a comida, a refeição da vez. E Michael Jackson foi a fonte de alimentação do monstro-midia por décadas. Na verdade, nunca acreditei nas acusações que lhe foram feitas, aquilo não se encaixava. Pra mim, produziram isso apenas. Irresponsavelmente jogaram-no aos leões, e expuseram um ser humano a uma humilhação terrível. Apontado nas ruas, algemado realmente como um criminoso, fussaram sua vida financeira, o expuseram ao rídiculo. Prova disso, de que tudo fora um golpe foi a palavra de um dos acusadores de pedofilia que desmentiu tudo. A humanidade realmente está cega. E ele, Michael tentou mesmo fugir para a "Terra do Nunca", onde NUNCA poderia ser alcançado pelos tentacúlos do monstro-mídia, das pessoas que queriam lhe sugar pra sempre. E tentou fazer aquilo que certamente um dia todos já sonhamos: SER PRA SEMPRE UMA CRIANÇA. E isto foi
inaceitável, não se pode transgredir a ordem das coisas, menino. Na verdade, não lembro de ter visto nada falando sobre o ser humano, o homem-criança, o pai de família, o filho, o irmão...Michael Jackson. Não exaltaram seus bons atos, quando a música, a inspiração lhe deixou, trataram de usar as polêmicas (fabricadas) em torno de seu nome como combustível. E como devem ter lucrado com isso, Deus. E como ainda estão lucrando com o corpo, que mesmo após a morte, continua a ser dilacerado...os abutres, as hienas, parasitas de todo tipo, de dentro da família até. Será que ele era mesmo o "bandido" da história? Sempre que olho as fotos de M. Jackson, percebo que no seu olhar distante, existiam coisas a serem esquecidas, ignoradas. Coisas que talvez, ele fugisse delas todas as noites, todos os momentos. Quando se olhava no espelho e não se reconhecia. Talvez pensasse: O que fizeram comigo? Porquê fizeram tudo isso comigo? Quanto ao artista, esse nem a morte o matará. Prova disso está aí, recordes e mais recordes de venda. Talvez, este seja um alento a sua alma, saber que sua arte FOI, É E SERÁ PARA SEMPRE reconhecida, querida. Saber que em cada uma dessas pessoas, algo seu ficará pra sempre, e que sempre será repassado adiante. Na verdade, isto é o que ficou. E o monstro que o devorava, agora, sairá a caça de outro Michael Jackson (E dessa especie agora só resta Mrs. Madonna), mas desse carne ele não se alimentará mais. E passará a se alimentar de organismos produzidos, como Breatney Spears e outros. Que nem mereceriam espaço neste texto, não fosse o fato de ter que fazer o comparativo com o que ficou. O menino agora poderá ser pra sempre menino. Voar. Deve estar feliz agora.





Descanse em paz, criança.


I'll be there
(Eu estarei lá)
Você e eu devemos fazer um pactoDevemos trazer de
volta a salvação
Onde existir amor
Eu estarei lá

Eu esticarei minha mão pra você
Eu terei fé em tudo que você fizer
Apenas chame meu nome
E eu estarei lá

E oh, estarei lá pra te
confortar
Construir meu mundo de sonhos em sua volta
Estou tão feliz por ter te encontrado
Estarei lá com um amor que é
forte
Serei sua força, continuarei
firme

Me agarrando à vocêSim, vou estar...Sim vou estar
Deixe-me encher seu coração com alegria e risos
União é tudo que estou buscando
Apenas chame meu nome
Eu eu estarei lá

Eu estarei lá pra protegê-lo
Com um amor verdadeiro eu irei respeitá-lo
Apenas chame meu nome
E eu estarei lá

Eu estarei lá pra te confortar
Construir meu mundo de sonhos em sua volta
Estou tão feliz de ter te encontrado
Estarei lá com um amor tão forte
Serei sua força, você continuará firme

Se algum dia você encontrar um novo alguém
Sei que ela será boa pra você
Porque se ela não for
Então eu estarei lá

Eu estarei lá
Eu estarei lá
Apenas chame meu nome
E eu estarei lá

Me agarrando à
Eu estarei lá
Eu estarei lá
Apenas chame meu nome
E eu estarei lá

Apenas olhe pra trás
Apenas chame meu nome
E eu estarei lá


Apenas olhe por cima de seus ombros, ooohhh
Eu estarei lá
Eu estarei lá
Sempre que você precisar de mim, eu estarei lá
Eu estarei lá, você não sabe baby
Eu estarei lá

domingo, 31 de maio de 2009

A vida que eu não pedi a Deus.


Esse é um daqueles momentos difíceis, que ora ou outra nos encontramos com um dia cinzento, por mais que o sol esteja brilhando lá fora, lhe chamando pra viver... Este artigo é meio melancólico, acho que como todos os outros que escrevi até aqui... é essa a tônica em questão: um ligeiro inconformismo com a mesmice cotidiana, aquele indagação sem sentido de o porque das coisas serem desse jeito e não de outro, por que diabos estou aqui e não numa praia paradisica em algum lugar do mundo?

Essa é a vida que você não pediu a Deus?

Estranho, pois às vezes eu também penso assim...e penso no que me levou até aqui, se nada é por acaso!

Dizem que o ser humano por uma questão de sobrevivência, tende a esquecer certos traumas...um instinto natural, como por exemplo, "não lembrar de nada, segundos antes daquele terrível acidente". Graças a Deus, este não é o caso aqui. Isso foi só um exemplo, creio que até ruim. Então, o que me aflinge?

Nossa, eu poderia fazer uma lista das boas, de coisas que também certamente seriam idênticas à você, mas... é melhor ser mais objetivo. TUDO ME AFLINGE. E não sou nenhum louco, e nem tão pouco acho que isso me levará a esse fim, ou, a uma cadeira de terapia. Pelo menos não agora, né.

Mas, voltemos ao tema... e nos perguntemos de novo, "porque eu aqui e não ali"?

Bom, eu não estou reclamando de nada de tão absurdo assim, eu até que sou "conformado" com a situação... Não, é mentira! Não fossem os "por menores", estaria tudo ótimo pra mim. Eu só queria ter umas dificuldades mais "comuns". Um emprego que não fosse tão na contra-mão do que acredito, uma vida conjugal normal (e o normal pra mim seria poder ter uma briguinha de vez em quando depois dos meus já quase três anos de casado) acordando todos os dias com a minha esposa, ter um pouquinho daquela rotina: trabalho, almoço-familia, trabalho, fim de expediente, sossego do lar, mulher, filhos, jantar-familia, sexo, sono, nenem acordado no meio da madrugada, cochilos no meio da madrugada...pra "acabar" no inicio do ciclo outra vez, café da manhã às pressas, trabalho, almoço-família..., fim de semana em família, probleminhas do cotidiano, pagar contas, trocar o gás, botar o lixo pra fora... É PEDIR DEMAIS QUERER ISSO?

Eu só queria ter esses pequenos problemas-soluções em minha vida. Esses pseudos-problemas são, na verdade, o tempero da vida...não nos resta muito além disso. Isso na melhor das hipoteses, colocando que se consiga alcançar aquilo que a sociedade nos reservas, sem desvios. É fato. Mas, o pior de tudo isso é saber que o maldito do cazuza tinha razão: "o tempo não pára". E que felizes eram os mamonas assassinas, fazendo da vida uma piada em andamento...rindo à toa, literalmente. Mas será que aquela era a vida que eles pediram a Deus?

Hoje é domingo, e pra ser bem sincero eu nem queria estar aqui escrevendo agora, mas, também não estou aqui forçado. Tanto a querer, tanto a relegar, a se esquivar...tanto a não ter. Tanto a se buscar e tão pouco a fazer. A não ser esperar os "tic tac" do relógio correrem. Uma espera que não tem fim.

Essa é a parte boa da vida que eu não pedi a Deus. Que parece não ser muito a se negar, mas, é um fardo extremamente pesado a se carregar...ainda mais com tantos fardos que vamos jogando às costas pelo caminho.

O calor está de rachar, mas, o dia está realmente cinzento.

Jefferson R Lima

quarta-feira, 13 de maio de 2009

De pai pra filha


Pare tudo o que estiver fazendo agora, e se pergunte: "O que eu estava fazendo nesse mesmo dia um ano atrás"? Essa pergunta eu fiz a mim mesmo e a resposta foi: Vivendo um dos momentos mais marcantes na vida de uma pessoa. No dia 13 de maio de 2008, no corredor que dá acesso à sala de cirurgia para o apartamento onde estavamos, eu caminhava de um lado para o outro ansioso, aflito, e mais um monte de coisas que eu não sei bem como descrever. Até que às 08:02 daquele dia, eu pude então ouvir aquele som de quem estava muito irritado com alguma coisa, um choro que pra mim foi mais que o fim de um período de espera, foi o fim de uma angústia. E o começo de uma nova vida. Para mim e minha esposa, e literalmente, para a nossa filha que acabara de vir ao mundo. Um momento único sem dúvida, que eu não sei se absurdamente, tratei de classificar como "uma morte ao contrário". Porque, aquele silêncio, aquela sensação estranha de que algo mudou, era monstruosamente parecida. Tirando claro, o fato de que não se tratava de uma perda, e sim de um ganho de valor inestimável. E foi desse jeito que eu me senti naquele momento. Sem saber o que seria dali em diante. Porque, da mesma forma que a ausência definitiva de quem sempre esteve ali machuca, desespera...a presença daquela pessoinha ali na minha frente me colocava uma infinitude de incertezas e muito de insegurança. Porque dali em diante, eu teria uma vida pra cuidar. E assumi isso como nunca tinha feito antes. Hoje, um ano depois de sentir a primeira das milhares de emoções que ser pai ou mãe proporciona ao ser humano. Já comecei a ser "lapidado". E como um bom pai, fico bobo com o número de semelhanças que eu vejo (ou busco ver) naquela criaturinha. Que involuntariamente se apoio em mim. Confia em estar em meus braços e até abusa um pouco desse direito. Fazer o quê, já dizia o ditado "pai é pra essas coisas", não é mesmo. E a cada vez que a olha, vem em minha mente a certeza de que você é o melhor de mim, e o melhor de mim mesmo merece o meu melhor ainda mais. Pena a vida ser tão estranha ora generosa outras tão cruel, pena eu não poder ter estado ao seu lado esse primeiro ano. E não poder ter vivido esses primeiros momentos. Por isso digo e repito, parece que "tem coisas que só acontecem comigo"(mas isso é outra história) . Porém, não me desespero. Como disse, a vida é meio estranha e cheia de mistérios. Só sei que nem tanto pra você ainda, filha, porque não entende, mas pra mim, hoje é um dia além de se comemorar, também de refletir bastante. Saber que cada dia longe de você não terá volta, e que cada dia que está por vir, será completamente diferente do que passou. Ainda que isso tenha lá um ciclo. Aqui, mais uma vez percebe-se que tem coisas que são mesmo inestimáveis...apesar de estar longe por motivos ainda "materiais", sei que esses quase trezentos e dez ou vinte dias que passei distante de você não tem preço. Mas, se não vou poder recuperá-los, pelo menos isso me serve pra ver o quanto é importante estar presente. Espero ver você crescer de pertinho. E segurar sua mão quando sentir medo, lhe abraçar quando estiver com frio...ser o pai que você precisa. Talvez, minha querida, daqui há uns 12, 13 anos você possa ler isso. E ver que desde sempre eu estive aqui.
Feliz aniversário, filha.
Seu pai.

sábado, 9 de maio de 2009

O que temos para hoje?

Nunca pensei que seria tão difícil "publicar" minhas idéias(se é que posso chamar assim). Não imaginava que mostrar minha visão do mundo, das coisas como elas são, ou, como eu penso que são fosse tão complexo, tão...delicado. Eu sei o que vejo, e sei o que tenho que falar, mas, parece que as idéias não querem ser escritas, entende? O problema não é o que expor, é como expor. Eu quero mostrar a você as coisas que eu vejo aqui. De repente, isso pode parecer um pouco melancólico, depressivo mesmo. Mas, não. Eu vivo bem a vida. Dentro das minhas possibilidades, aproveito da melhor forma possível. Mas, isso não me faz esquecer as coisas que vejo dia após dia. Todos nós, eu disse TODOS, convivemos com as mesmas situações diuturnamente. São problemas dos mais variados. Seus, de pessoas próximas a você, amigos, conhecidos, e mesmo pessoas que você não tem ligação nenhuma. Mas, que você vê. Você presencia. Como o caso de um homem que apareceu aqui recentemente. Aparentemente com problemas mentais, eu creio. Anda por aí, mau vestido, certamente muito mau alimentado. Sem rumo. Talvez, sem consciência da própria situação. Eu não o conheço, não conheço ninguém que o conheça também. Mas, e o que isto tem a ver comigo, então? Tem a ver que muito embora nunca o tenha ajudado, sinto um certo pesar pela condição daquela pessoa. E esses são alguns dos casos que teria pra dividir com aqueles frequentam este espaço. Tem também a história da menina "porra loca", que passou por uma situação difícilima no casamento. Quando ficou grávida e teve uma menina que além de nascer doente, foi rejeitada pelo próprio pai, que queria um menino. Elas, a "porra loca" e a criança, foram abandonadas. A mãe sem condições de trabalho, a menina doente. Doença essa que lhe custou a vida. O pai depois teve um certo arrendimento (talvez dor na consciência). Mas, esta história é muito pesada, é difícil pra mim, escrever enquanto lembro da conversa que tive com essa mãe, que relembrava tudo aos prantos. Foi uma grande lição. Aprendi a não julgar as pessoas assim deliberadamente, sem saber sequer o minimo da história desta. A minha própria vida tem "material" de sobra para escrever por anos aqui. Dificuldades que não são exclusividades minha. Mas o problema não está sofrer, o problema está em como você reage a este sofrimento. Conheço muitas pessoas que tem "n's" problemas, e tem comportamentos absurdos, como por exemplo, a embriaguez, as drogas, a agressividade...o adultério. E, olhando de longe, não dá pra entender porque se prestam a certas atitudes tão "facilmente". E pior, parece que nem sequer dão conta do que estão fazendo. Tenho tido idéias para o blog, mas, não sei se sozinho daria conta de executá-las. Isso não é um anúncio de emprego, e também não é um convite. Se bem que ajuda sempre é bem vinda, ainda que em forma de crítica. Seja ela qual for. Tenho visto tanta coisa em meu caminho (e um caminho curto, diga-se passagem), que nem sei onde isso tudo vai parar. Não acredito em nada, muito menos tenho coragem de duvidar. Só acredito em Deus. Este eu acredito que exista. Porque naturalmente, eu acreditaria nisso. Ainda que a ciência perca seu precioso tempo e os bilhões de quem os patrocina, tentando "provar por a+b" que Deus não existe. Ou que existe. Acredito na maldade humana, tanto quanto na sua compaixão com os outros. Na sua insensatez, tanto quanto nas suas reviravoltas. Nos seus erros, como nos seus acertos. E acredito que de tanto criar, o homem acabará criando o seu próprio fim. Mas, é tudo muito complicado, e mais complicado ainda é perceber que a maioria das pessoas não conseguem perceber tudo isso. Isso é um problema meu, que bem poderia ser a minha solução: NÃO PERCEBER A REALIDADE. Mas, como disse o cantor "o tempo não pára", não é mesmo. O que me consola, é saber que o homem é um ser que além de finito, também transcende. E se supera. Cai mas se levanta. A vida segue. Continuo vendo as mazelas que acontecem aqui, em Couto Magalhães. As "minhas mazelas coutoenses", que apesar do adjetivo gentilico, estão em todos os lugares do mundo. Não importa aonde. Não importa a cor, a classe social, nem a religião. Não importa. A vida segue. Ela sempre segue.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Porquê escrevo???

Me lembro que quando era criança, estava sozinho no quarto com uma "lapizeira" e um pedaço de papel. Daí, comecei a escrever uma carta (sem saber escrever ainda, claro). Se fosse pra vizualisá-la, a carta seria mais ou menos como um monte de "m's" emendados. O assunto, uma carta de despedida, eu iria fugir. Claro que não fugi. Com a inocência digna de um menino de 5 anos, chamei minha mãe e disse a ela que tinha escrito a carta. Ela, claro pediu para que eu lêsse a carta para ela. E eu, muito solitico a "li" na sua total plenitude. Não cheguei a assustar minha mãe com aquela carta, ao contrário, arranquei boas gargalhadas com um doce "você vai deixar sua mamãe"? Aquilo foi argumento suficiente para eu dar fim à minha carta de despedida. Sempre fui um pouco "imaginativo", digamos. Acho até que se tive tido o incentivo certo, seria um bom escritor "de meia página".  Anos depois me tornaria um "mestre" em escrever "cartas que não chegavam". Principalmente "cartas de amor", na verdade, agora vejo que eram mais cartas de paixão. Alguns anos depois, tentei escrever "poemas", inspirados por essas paixões de adolescentes. Mas, não é fácil falar de sentimentos, menos ainda do "pai dos sentimentos", o amor. Pior ainda é escrever (passar para o papel aquilo que se pensa). Hoje, com 29 anos, ainda sem ter terminado meu curso "meia sola" de filosofia(vide meia sola por o aluno ser meia sola), não consegui perder a mania de (pelo menos tentar) escrever. O problema é sobre o que se escrever. Eu na verdade não tenho assunto especifíco, isso por que, claro, não sou especialista em nada. Mas, sinto essa necessidade batendo lá dentro da minha cabeça oca, e talvez por ela ser oca, é que faça tanto barulho assim. EU PRECISO ESCREVER. Quando digo que não sei sobre escrever, páro. Fecho os olhos, respiro fundo e "vejo" tudo aquilo que preciso ver pra digamos "me inspirar". Os pontos de vista, a subjetividade humana, as bençãos que Deus nos dá, a revolta que o homem causa em si mesmo, o amor, a falta de amor...pronto. Aquilo que era um problema pela escacês, agora, paradoxalmente, virou um problema pela quantidade enorme a se considerar. Mas, daí, olho pra barra de endereço do meu navegador e vejo o nome do meu blog lá, "mazelas coutoenses". Bingo!!! Tá aí as respostas pra todas as perguntas. Vou escrever (também e principalmente) sobre as mazelas de Couto de Magalhães. Mas, pra quem mesmo ler?
É que as pessoas aqui não lêem. Pelo menos não lêem este blog. Há não ser meu amigo Hiroshi, que confessou esses dias que vez ou outra dá uma espiada. Amigo é amigo, né...(rsss). Mas, vou rolando a bola, o jogo segue, e o tempo não pára (parafrasear é preciso). Acho que a verdade (se existe verdade) é que escrever pra mim é me descarregar, me livrar de tudo aquilo que fica preso no meu consciente e no inconsciente (se ele quiser). Ponho para fora tudo de ruim que me sufoca, e tudo de bom que tento dividir com as pessoas a quem estimo, e também a quem quiser se aproveitar disso, sem hipocrisia, se quiser pegar carona na minha felicidade tudo bem, isso não vai fazer diferença mesmo. Além do mais, escrever é bom. "Tão bom quanto pintar com L"... Opa, peraí, parafrasear artistas, pensadores e os zé ruelas da vida sim, mas fazer propaganda NÃO. Propaganda aqui só de mim mesmo, o escritor sem leitores. "O mazeleiro de Couto". O cara não sabe ao certo responder sequer uma pergunta simples: "Por quê escrevo?"

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

A origem do Réveillon (e não do "reveion")


Ano-Novo é um evento que acontece quando uma cultura celebra o fim de um ano e o começo do próximo. Todas culturas que têm calendários anuais celebram o "Ano-Novo". A celebração do evento é também chamada réveillon, termo oriundo do verbo réveiller, que em portugues significa "despertar".

A comemoração ocidental tem origem num decreto do governador romano Júlio César, que fixou o 1 de janeiro como o Dia do Ano-Novo em 46 a.C. Os romanos dedicavam esse dia a Jano, o deus dos portões. O mês de Janeiro, deriva do nome de Jano, que tinha duas faces - uma voltada para frente e a outra para trás.


Celebrações modernas de Ano-novo


1 de janeiro: culturas ocidentais nas quais o ano começa em janeiro.

  • No Porto a celebração mais famosa é a da Avenida dos Aliados em que toda a gente espera o novo ano, atentos no relógio da Câmara Municipal do Porto, memorável pelo seu fogo de artifício cruzando os edifícios, e pelos concertos populares
  • Na Região Autónoma da Madeira, onde o fim de ano é provavelmente o dia mais festivo durante o ano. O reveillon na principal cidade, Funchal, é um dos mais famosos do mundo, estando o espectáculo de fogo de artifício no livro de recordes do Guinness como o "maior espectáculo pirotécnico do mundo". Este espectáculo ganha especial interesse pois o Funchal é uma cidade em anfiteatro, onde as pessoas espalham-se numa área com mais 17 km e com mais de 600 metros de altitude. A cidade recebe ainda na orla marítima dezenas de navios de cruzeiro, o que aumenta o ambiente de festa. Durante 5 dias a ilha recebe mais de cinqüenta mil turistas, que aproveitam para, mesmo em Dezembro, banharem-se nas águas temperadas do arquipélago e apanharem algum sol. À noite, ainda há tempo para vislumbrar as inúmeras decorações de cambiantes luzinhas que se espalham por quase todas as ruas da cidade.
  • Em Nova Iorque, a celebração mais famosa de Ano-Novo é a de Times Square - onde uma bola gigante começa a descer às 23 horas e 59 minutos até atingir o prédio em que está instalada, marcando exatamente zero-hora (00:00:00).
  • No Rio de Janeiro, a celebração mais famosa é a dos fogos de artifício em Copacabana. Milhões de cariocas e turistas de todo o mundo juntam-se nas ruas à beira-mar e nas praias para assistirem ao longo espectáculo, que começa pontuamente à meia-noite do novo ano.
  • Em São Paulo, a avenida Paulista é o palco de atrações e queima de fogos. São milhões de pessoas que se juntam ao longo do principal centro financeiro da metrópole para celebrar a entrada de um novo ano. Em 31 de dezembro de 2008, a festa reuniu 2 milhões e 400 mil pessoas, sendo que mais de 100 mil eram turistas, registrando um novo recorde para o evento.[1][2][3][4]
  • Na Escócia há muitos costumes especiais associados ao Ano-Novo - como a tradição de ser a primeira pessoa a pisar a propriedade do vizinho, conhecida como first-footing (primeira pisada). São também dados presentes simbólicos para desejar boa sorte, incluindo biscoitos.
  • Na Espanha, exatamente à meia-noite, as pessoas comem doze uvas, uma a cada badalada do relógio da Puerta del Sol, localizada emMadrid.
  • Em muitos países, as pessoas têm o costume de soltar fogos de artifício em suas casas, como é o caso de Portugal, do Brasil, dosPaíses Baixos e de outros países europeus.
  • Muitas pessoas tomam decisões de Ano-Novo, ou fazem promessas de coisas que esperam conseguir no novo ano. Elas podem desejar perder peso, parar de fumar, economizar dinheiro e arrumar um amor para suas vidas.
  • Em países de língua inglesa, cantar e/ou tocar a música Auld Lang Syne é muito popular logo após a meia-noite.

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Curiosidades

Fonte: Wikipédia.