terça-feira, 1 de setembro de 2009

O GRANDE GOLPE

O grande golpe!



Quantos grandes golpes podemos contar que presenciamos no decorrer de nossas vidas? E no decorrer da história, então?
Não sei enumerar nem especificar bem, mas...golpes religiosos, do baú, de estado, da barriga...da política, do...epa, peraí, da política? Hmmm...dessa eu se de um, quer ver.

Era uma vez, a 25 anos atrás um homem. Um homem muito inteligente, esperto, sagaz, astuto, visionário e cara-de-pau.
Este homem era pobre, de família pobre e, sem muitas condições de educá-los nas melhores escolas. Ele cresceu, e como todo conterrâneo de sua região, migrou pra um grande centro. Lá, ele trabalhou, constituiu família, sindicalizou-se e tornou-se uma figura importante para seus colegas trabalhadores. Depois, junto com outros entusiastas, criou um partido político. Sobre a "insígnia" de "um homem do povo", elevou-se a status de líder nacional.
Foi preso, o que o elevou a posição de "mártir" ainda maior. Livre, travou uma pseudo-luta pelos direitos da massa flagelada, dos pobres, negros, pais de família, etc. Consegui eleger-se deputado federal por um mandato, e disso, não tenho muita notícia do que fez, há de ter feito algo, por que tudo era apenas o "começo do golpe". Conseguiu grandes aliados ao seu partido ainda na sua criação. Homens igualmente trabalhadores, líderes estudantis em sua época, intelectuais daquele período. Creio eu que usado como massa de manobra, sabe-se lá por quem,
o nosso salvador, alçou-se a voos maiores, e se apoderou de imagens "intocáveis", como a bandeira da igualdade,ideologias como o comunismo e o socialismo, e em cima disso construiu seu castelo. Aquilo tudo, aquela luta de séculos, fora reduzido apenas a ser o discurso seu...Que num certo momento parecia realmente dele. Este, como disse, pregou ideais de igualdade, de melhores condições de vida, de divisão das riquezas desta nação, de honestidade, de moral, ética, cidadania, justiça...E tudo isso lhe parecia mesmo seu.
Nesse "embalo", lançou-se candidato da República, não apenas uma, mas TRÊS vezes consecutivas. Sendo "derrotado" em ambas, mas, tudo isso fazia parte do seu plano, ou do plano daqueles que o controlavam. O homem transcendeu. Virou lenda, mito. A última esperança de salvação da nação. Isto foi uma ideia plantada propositadamente na cabeça do povo, claro. A ideia de que só alguém vindo de baixo, atenderia às necessidades da grande maioria, que também está em baixo, na parte de baixo da pirâmide social. Uma hora, haveria de acontecer. Aqueles anos todos de imagem de bom moço,
de discurso voraz contra o mal capitalista, o domínio por parte do capital internacional, a perpetuação da "Elite" no governo da nação. Uma hora essa discurso funcionaria. E funcionou. E o "plebeu" virou "rei". E logo vieram as "mudanças". O discurso continuou quase o mesmo, só que agora, internacionalizado..."VAMOS ACABAR COM A FOME, VAMOS ACABAR COM A CORRUPÇÃO, VAMOS GERAR RIQUEZA E DISTRIBUI-LA IGUALITARIAMENTE, VAMOS, VAMOS E VAMOS..."
E nessa de querer ser líder mundial, chegou mesmo a ser cogitado para o Nobel da paz. Nessa mesma proporção, "criou" programas sociais, distribui renda(?), e, nada mudou. É certo o que já estava predestinado a mudar, independente de quem estivesse lá. O que se viu depois e o que se vê ainda, são escândalos e mais escândalos. E a cegueira da nação, que acreditou e engoliu tudo com uma única frase: "Eu não sei de nada". E assim, sem "saber de nada", ele se reelegeu. E ainda governa. E não queiram aqueles que ou por ignorância da realidade dos fatos, ou por má fé, me convencer de que
ainda assim, este é melhor do que os que lhes antecederam. TUDO BALELA. Eis aí a consumação do "grande golpe". Agora, usando dos seus mais de setenta e tantos por cento de aprovação da massa (ingênua ou conivente), da sua imagem sei lá do que, este tenta a força, sufocar outra vez, mais um dos escândalos políticos que envergonham e matam a esperança de um país melhor. Este, abriu mão de todas as suas convicções idealistas, se um dia as teve realmente, para manter-se no poder, e agora, vai tentar, como determina as regras do jogo, passar o bastão para um de seus "companheiros" de epopeia.
Era uma vez, um homem simples, humilde, trabalhador que, na primeira oportunidade, sem pestanejar, jogou tudo pro alto, ou melhor, enterrou e fundo, para ser apenas, o autor deste grande golpe. E assim termina nossa história, que certamente se repete, pelos alunos deste mestre, em escala bem menor, Brasilzão a fora.

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