sábado, 9 de maio de 2009

O que temos para hoje?

Nunca pensei que seria tão difícil "publicar" minhas idéias(se é que posso chamar assim). Não imaginava que mostrar minha visão do mundo, das coisas como elas são, ou, como eu penso que são fosse tão complexo, tão...delicado. Eu sei o que vejo, e sei o que tenho que falar, mas, parece que as idéias não querem ser escritas, entende? O problema não é o que expor, é como expor. Eu quero mostrar a você as coisas que eu vejo aqui. De repente, isso pode parecer um pouco melancólico, depressivo mesmo. Mas, não. Eu vivo bem a vida. Dentro das minhas possibilidades, aproveito da melhor forma possível. Mas, isso não me faz esquecer as coisas que vejo dia após dia. Todos nós, eu disse TODOS, convivemos com as mesmas situações diuturnamente. São problemas dos mais variados. Seus, de pessoas próximas a você, amigos, conhecidos, e mesmo pessoas que você não tem ligação nenhuma. Mas, que você vê. Você presencia. Como o caso de um homem que apareceu aqui recentemente. Aparentemente com problemas mentais, eu creio. Anda por aí, mau vestido, certamente muito mau alimentado. Sem rumo. Talvez, sem consciência da própria situação. Eu não o conheço, não conheço ninguém que o conheça também. Mas, e o que isto tem a ver comigo, então? Tem a ver que muito embora nunca o tenha ajudado, sinto um certo pesar pela condição daquela pessoa. E esses são alguns dos casos que teria pra dividir com aqueles frequentam este espaço. Tem também a história da menina "porra loca", que passou por uma situação difícilima no casamento. Quando ficou grávida e teve uma menina que além de nascer doente, foi rejeitada pelo próprio pai, que queria um menino. Elas, a "porra loca" e a criança, foram abandonadas. A mãe sem condições de trabalho, a menina doente. Doença essa que lhe custou a vida. O pai depois teve um certo arrendimento (talvez dor na consciência). Mas, esta história é muito pesada, é difícil pra mim, escrever enquanto lembro da conversa que tive com essa mãe, que relembrava tudo aos prantos. Foi uma grande lição. Aprendi a não julgar as pessoas assim deliberadamente, sem saber sequer o minimo da história desta. A minha própria vida tem "material" de sobra para escrever por anos aqui. Dificuldades que não são exclusividades minha. Mas o problema não está sofrer, o problema está em como você reage a este sofrimento. Conheço muitas pessoas que tem "n's" problemas, e tem comportamentos absurdos, como por exemplo, a embriaguez, as drogas, a agressividade...o adultério. E, olhando de longe, não dá pra entender porque se prestam a certas atitudes tão "facilmente". E pior, parece que nem sequer dão conta do que estão fazendo. Tenho tido idéias para o blog, mas, não sei se sozinho daria conta de executá-las. Isso não é um anúncio de emprego, e também não é um convite. Se bem que ajuda sempre é bem vinda, ainda que em forma de crítica. Seja ela qual for. Tenho visto tanta coisa em meu caminho (e um caminho curto, diga-se passagem), que nem sei onde isso tudo vai parar. Não acredito em nada, muito menos tenho coragem de duvidar. Só acredito em Deus. Este eu acredito que exista. Porque naturalmente, eu acreditaria nisso. Ainda que a ciência perca seu precioso tempo e os bilhões de quem os patrocina, tentando "provar por a+b" que Deus não existe. Ou que existe. Acredito na maldade humana, tanto quanto na sua compaixão com os outros. Na sua insensatez, tanto quanto nas suas reviravoltas. Nos seus erros, como nos seus acertos. E acredito que de tanto criar, o homem acabará criando o seu próprio fim. Mas, é tudo muito complicado, e mais complicado ainda é perceber que a maioria das pessoas não conseguem perceber tudo isso. Isso é um problema meu, que bem poderia ser a minha solução: NÃO PERCEBER A REALIDADE. Mas, como disse o cantor "o tempo não pára", não é mesmo. O que me consola, é saber que o homem é um ser que além de finito, também transcende. E se supera. Cai mas se levanta. A vida segue. Continuo vendo as mazelas que acontecem aqui, em Couto Magalhães. As "minhas mazelas coutoenses", que apesar do adjetivo gentilico, estão em todos os lugares do mundo. Não importa aonde. Não importa a cor, a classe social, nem a religião. Não importa. A vida segue. Ela sempre segue.

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