quarta-feira, 21 de maio de 2008

Quanto mais gente em volta, maior a solidão do homem











Segundo o US Census Bureau, órgão do governo dos EUA que faz a contagem da população daquele país e mantém estimativas sempre atualizadas sobre a população mundial, entre 1º e 30 de maio próximo a população mundial atingirá o cabalístico número de 6.666.666.666 seres humanos vivendo sobre este planeta.

E quem dentre esses 6.666.666.666 de pessoas poderá dizer a verdade absoluta sobre a natureza humana, a verdade inquestionável, irrefutável, aquela que não deixará dúvidas nem margens ao questionamento?

Quem se proporá a responder a esta pergunta?




Sociólogos, antropólogos , cientistas, teólogos e filósofos.
Quem pode nos dizer qual a real natureza do ser humano?

Claro que esta é uma pergunta retórica e sem resposta...ou pelo menos sem consenso.

Mas as pessoas não podem deixar passar desapercebida uma questão como esta, e eu certamente, me considero uma dessas pessoas que não deixam passar tal questionamento...ainda que isso na prática, não nos leve a lugar algum, mas já me serve para situar meu lugar neste mundo.




Entre tantas outras questões que eu poderia levantar aqui e agora sobre a natureza humana, vou levantar uma bem peculiar, e diria até paradoxal: Em plena era da propagação da informação, dos meios de comunicação em massa e instantanea como a telefonia celular e a internet, que tem "ligado" cada vez mais e mais pessoas mundo a fora, o homem (ou você) não tem tido a nítida impressão de viver cada vez mais só, e encontrado cada vez menos "pessoas em comum"?

Bom, essa é uma pergunta que eu até gostaria de obter a opinião de quem por aqui passar casualmente. A reflexão é a seguinte: Depois de um certo tempo, depois de se deparar diante de "tanta gente especial" com tantas "mensagens especiais" (isso na internet, claro, lançando mão do maravilhoso recurso que transforma a todos nós em poetas: o famoso Ctrl V, Ctrl C), você não tem se sentido meio frustrado com a virtual facilidade de "fazer amigos" e "conhecer pessoas" tanto quanto no modo convencional - "o cara a cara, boca a boca"?

"Nada substitui o talento natural" - em outras palavras, quem é legal é legal porque realmente o é".

E o homem, como quem vaguei numa escuridão eterna, continuará sua jornada procurando um "semelhante", aquele "algo em comum" que lhe dê a impressão de que não está sozinho nesta caminhada.




Como havia dito antes, eu poderia despejar aqui uma tonelada de questões que atormentam a humanidade em torno de sua naturaza a séculos, mas, acho que essa talvez seja a que mais tem a ver com o nosso atual momento - Informação/Pessoas: alta quantidade vs baixa qualidade.

Nenhum comentário: