terça-feira, 15 de abril de 2008

"O diário de um homem grávido" - Um pai de primeira viagem









Indo "violentamente" contra a natureza e razão de ser deste blog, hoje em especial, abro um parêntesis. Crio aqui uma seção que diferentemente das outras, não vai expressar nenhum tipo de revolta, repúdio, indignação...etc, etc, etc...nada disso. Especialmente hoje, nesta data, abro minha contagem regressiva, para de acordo com nossas previsões, daqui há mais ou menos trinta dias, abrirmos (quando falo no plural, refiro-me à minha esposa e eu) um parêntese ainda maior: o nascimento de nossa primeira filha. Desde o momento em que soube, nunca parei para pensar e transformar em palavras a alegria que tenho sentido por esse momento pelo qual estou vivendo - especialmente por me tornar pai em breve. De certo que não é das tarefas mais simples expressar em palavras um sentimento tão grande, tão sublime, tão único e que estranhamente, por mais feliz que me encontre não possa definí-lo. Mas, posso falar da minha expectativa, dos planos que são meus, mas que não são pra mim, são pra ela - e que sei que nem deveria estar pensando assim, em planejar a vida de uma outra pessoa. E, na verdade não o farei. Vou me limitar a fazer planos para que essa pessoinha que está chegando, possa ter todas as condições de realizar seus próprios planos. E, aí sim, entra sem dúvida o dedo dos pais. Como todo bom pai (e este será sem dúvida uns dos meus maiores desafios - ser um bom pai), quero o melhor para meus filhos. Resta-me a árdua missão de fazer o possível e o impossível para que isso ocorra. Mas, deixemos de lado esses "detalhes técnicos".Falemos agora da parte boa - da babação, dos mimos, da minha testa que franze sempre que um engraçadinho me chama de sogrão (risos/testa franzida já). Como disse, o nosso parto está previsto para daqui a trinta dias, mais ou menos. E, a esta altura, a ansiedade já começa a dar as caras, mas tudo bem, sou do tipo que não perde a calma nem o controle - verdade que nunca tive um filho antes, mas... Acredito que não será tão difícil assim daqui até o grande dia. Já compramos algumas coisas que serão necessárias de imediato, na verdade a mãe dela comprou mais coisas, mulher se envolve mais nesses casos, né...Mas, dadas as "condições orcamentárias", eu estou sempre de olho em algo que ela possa vir a precisar (ela a bebê). Mas, homem é totalmente sem noção nesses casos (ou pelo menos eu sou - confesso). A palavra de ordem para mim tem sido "fraldas descartáveis" e "leite em pó"...elas não saem da minha cabeça. Mas, como sempre a mulher tem mais razão nesses casos, e eu estou sempre ouvindo a voz da razão - que nesse caso, atende pelo singelo nome de Josana Duarte. Se bem que eu poderia muito bem estender a analogia a inúmeras outras coisas - ela literalmente tem sido a minha razão maior. Elas têm sido. Não. Elas são. Fico aqui me perguntando como será a experiência de ser pai - ainda mais pra mim que tendo a dar sempre uma dimensão maior às coisas do meu cotidiano - se bem que desta vez, é a melhor coisa a fazer. Esta é minha prioridade, está é a minha palavra de ordem, hoje. Ana Beatriz.
Uma pessoa que ainda nem chegou aqui, do lado de fora, mas que já me trouxe sem dúvida alguma inúmeras mudanças.
Bom, é isso aí.
A título de introdução desta seção e para um eventual esclarecimento para o "o diário de um homem grávido", acho que já está de bom tamanho. A princípio, só penso em relatar as coisas mais importantes em relação a este artigo nos próximos trinta dias (na verdade até o nascimento e alguns dias depois) que virão.
Fico por aqui.


Jefferson R. Lima - Um pai de primeira viagem

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